Concurso – Setembro Amarelo

Os casos de suicídio estão crescendo cada vez mais, principalmente entre os jovens. Cerca de 12 mil suicídios são registrados a cada ano no Brasil e mais de 800 mil no mundo.

O suicídio é um problema crescente de saúde pública e a segunda principal causa de morte entre jovens nos Estados Unidos e no mundo (Hedegaard & Curtin, 2018; World Health Organization, 2018). As pessoas podem tentar o suicídio quando se sentem oprimidas por problemas, dor e desesperança, mas sentem que não têm recursos ou apoio para lidar com isso (Verrocchio et al., 2016). Conectar pessoas a outras que podem fornecer suporte de saúde mental e assistência com habilidades de enfrentamento ajuda a prevenir o suicídio (Stone et al., 2017), e os videogames podem desempenhar um papel importante ao promover conexões e suporte. Seja por meio de interações no jogo, participação em equipes ou guildas de jogadores, ou interações em plataformas de comunicação / mídia como Discord e Twitch, os jogos oferecem muitas oportunidades para os jogadores se comunicarem e se conectarem (Colder Carras, Rooij, et al., 2018; Kowert & Quandt, 2016).

Muitos fatores diferentes foram associados ao suicídio. De acordo com uma teoria, os indivíduos que morrem por suicídio são movidos por três fatores: sentir-se um fardo para os outros, sentir-se frustrado em seus esforços para fazer conexões significativas e tornar-se insensível à dor e ao medo associados à ideia de morrer ( T. Joiner, 2005; TE Joiner et al., 2009). Isso, junto com a desesperança e a dificuldade em resolver problemas, tomar decisões ou buscar ajuda, pode levar à ideação e tentativas de suicídio (Gvion & Levi-Belz, 2018; Joiner et al., 2009). Lidar com o isolamento / solidão social e os problemas relacionados ao estresse da vida podem ser alvos importantes para programas de prevenção de suicídio (Stone et al., 2017). Embora cerca de metade dos que morrem por suicídio não tenham um diagnóstico de saúde mental (“Mais do que um problema de saúde mental”, 2018), aqueles que têm um diagnóstico têm mais probabilidade de sentir que não pertencem (Ma, Batterham, Calear, E Han, 2019). O suicídio é um risco particular para alguns grupos, como adolescentes, adultos mais velhos, militares veteranos, desempregados ou pessoas com baixo nível socioeconômico (Bryan, Jennings, Jobes, & Bradley, 2012; Nock et al., 2008; World Health Organization, 2018). Membros de grupos marginalizados como indivíduos LGBTQI, refugiados e imigrantes e povos indígenas também têm taxas de suicídio mais altas (Forte et al., 2018; Harlow, Bohanna, & Clough, 2014; Hottes, Bogaert, Rhodes, Brennan, & Gesink, 2016 ).